Vendas da Indústria fluminense cresceram em fevereiro

31/03/2010 - 20h16

Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - As vendas da indústria fluminense cresceram 27,5% em fevereiro em comparação ao mesmo mês do ano passado, acumulando uma alta de 30,7% no primeiro bimestre de 2010, de acordo com o boletim Indicadores Industriais, divulgado hoje (31) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

 

O chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, disse à Agência Brasil que “esse resultado expressivo para o mês de fevereiro foi impulsionado pela recuperação de setores mais prejudicados no auge da crise [internacional], como veículos automotores e metalurgia básica”.

 

Segundo o economista, o resultado obtido em fevereiro é bastante positivo e confirma que o cenário econômico “é amplamente favorável em relação ao ano passado, o que enseja boas perspectivas para o ano de 2010”. A metalurgia e a construção civil são setores que deverão apresentar um bom desempenho este ano, estimou.

 

Na comparação com janeiro, as vendas industriais recuaram 5,7%. Na avaliação da diretora de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Luciana de Sá, a retração está associada à baixa atividade no período e ao menor número de dias úteis em fevereiro. Ela destacou que, em contrapartida, houve aumento no indicador de pessoal ocupado.

 

Em relação a janeiro, o crescimento do emprego na indústria fluminense atingiu 0,37%. Esse percentual sobe para 0,52% na série dessazonalizada, isto é, quando se retiram as características sazonais do período, revelando a criação de mais 1.500 postos de trabalho no estado. Na comparação com fevereiro do ano passado, a expansão do emprego industrial fluminense foi de 4,9%, acumulando nos meses de janeiro e fevereiro 3,63%.

 

Guilherme Mercês disse que foi a décima alta consecutiva de pessoal ocupado na indústria fluminense. “Atingiu o maior nível dos últimos sete anos, o que mostra que a indústria do Rio de Janeiro está recompondo os postos de trabalho perdidos durante o auge da crise”.

 

As horas trabalhadas cresceram 6,4% no primeiro bimestre deste ano, enquanto a massa salarial experimentou expansão de 8,11% no período.

 

 

Edição: Aécio Amado