Simpatizantes de Arruda hostilizam homem que fazia protesto contra corrupção

17/02/2010 - 20h56




Alex Rodrigues

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Por muito pouco, uma manifestação de apoio ao governador licenciado do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) não acabou em violência na tarde de hoje (17). Desde o último dia 11, ele está preso na Superintendência da Polícia Federal, Brasília, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Arruda teve a prisão preventiva decretada como suspeito de tentar subornar uma testemunha de um esquema de corrupção que teria envolvido o governo do DF, deputados distritais e empresários.

Reunidos do lado de fora da Superintendência da PF, um grupo de cerca de 70 simpatizantes de Arruda realizava uma manifestação quando um homem se aproximou e, em silêncio, amarrou na cerca bonecos de espuma com as fotos do governador e dos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, além de uma bandeira do Brasil e de algumas faixas.

Em seguida, o homem, que se identificou apenas como “Rivanor de Sousa, um índio”, ateou fogo aos bonecos. Quando as chamas atingiram a bandeira (que não chegou a pegar fogo) os simpatizantes de Arruda passaram a hostilizá-lo, tentando inclusive detê-lo. Policiais militares assistiram à confusão sem fazer nada. Os simpatizantes de Arruda também hostlizaram jornalistas que estavam no local.

“Essa é uma expressão do povo brasileiro contra a corrupção nos Três Poderes. Enquanto o povo morre de fome, o Arruda rouba o nosso dinheiro”, disse Rivanor, que prometeu voltar a queimar novos bonecos amanhã (18), na Praça dos Três Poderes.

Parado ao lado de uma faixa onde se lia “Brasília está órfã”, o presidente da União de Proprietários de Trailers e Quiosques do Distrito Federal, Luiz Ribeiro, disse que a intenção do grupo que apoia a libertação de Arruda era fazer uma manifestação pacífica, encerrada com uma oração.