Liminar dada por Gilmar Mendes impede prisão de policial citado em esquema de corrupção

18/01/2010 - 20h44

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do SupremoTribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, concedeu hoje (18) liminar para que o policial civil aposentado Marcelo Toledo Watson não sejapreso durante o depoimento que prestará amanhã (19) à PolíciaFederal, em Brasília.Toledo é suspeito deser um responsáveis por arrecadar dinheiro entre empresasprestadoras de serviço ao governo do Distrito Federal para abastecero suposto esquema de propina a deputados distritais, em troca deapoio político ao governador José Roberto Arruda (sem partido),revelado pela Operação Caixa de Pandora, da PF, e cujo inquéritotramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).Além de permanecer emsilêncio e não poder ser preso, Toledo terá ainda direito de nãoassumir compromisso na qualidade de testemunha.Os advogados de defesaalegaram que o policial poderia ser induzido a produzir provas contrasi durante o depoimento, apesar de ter sido convocado comotestemunha. Ao conceder a liminar,Mendes argumenta que o policial foi chamado a depor pelo fato de tersido acusado pelo ex-secretário de Relações Institucionais doDistrito Federal Durval Barbosa que denunciou o esquema, de colaborarna arrecadação da propina, o que justifica um possívelconstrangimento a Toledo.Segundo Mendes, todoindivíduo tem direito a ficar em silêncio para não seautoincriminar.