Indústria brasileira de material elétrico quer ampliar participação nas áreas de petróleo e gás

28/12/2009 - 16h32

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A AssociaçãoBrasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) queraumentar a participação nacional , em 2010, no volume de bens eequipamentos fornecimentos à indústria de petróleo e gás e àindústria naval. Foi o que revelou à Agência Brasil o gerente regional da entidade no Rio de Janeiro (Abinee/RJ), PauloSergio Galvão.Ele destacou que paraisso são necessárias algumas políticas públicas que ajudem nesseprocesso, em razão de questões estruturais e de isonomia comprodutos importados. Citou o exemplo da área de refino, que nãopossuía nenhum instrumento vinculante que exigisse conteúdo local.Mas, a partir de resolução que se acha em audiência pública naAgência Nacional do Petróleo (ANP), Galvão acredita que “vaihaver essa vinculação e uma medição de conteúdo local porsistemas ou famílias de produtos”.Galvão explicou quequando a medição é feita pelo total do empreendimento, como umarefinaria ou navio, os segmentos da cadeia produtiva do setorelétrico e eletrônico têm um peso pequeno em termos econômicos ee financeiros no empreendimento como um todo. “Dá poucavisibilidade. Em um navio, só o aço e alguns serviços atendem 65%de conteúdo nacional. E aí ninguém se preocupa em comprar naindústria nacional o restante.”O gerente regional daAbinee no RJ acredita que a nova medição por sistemas vai dar essavisibilidade à indústria brasileira de eletroeletrônicos, queexportou cerca de US$ 10 bilhões em 2008 e está presente em todasas cadeias produtivas, auxiliando-as em termos de melhoria deprodutividade.Na área de petróleo,já está sendo exigida a medição por sistemas para fins deexploração e produção a partir da sétima rodada de licitaçõesque ainda não entrou na fase de aquisição de equipamentos e bens,lembrou Galvão. Com isso, os compradores terão que demonstrar queadquiriram 60% dos sistemas elétrico, de automação, instrumentaçãoe de telecomunicações no mercado interno.Com a exploração depetróleo na camada pré-sal, as oportunidades serão ainda maiores,estimou o gerente regional da Abinee/RJ “O pré-sal criaobrigações e deveres para todos os atores da cadeia. Tanto para osoperadores, ou para a operadora única, caso seja só a Petrobras,como para a cadeia produtiva, porque os níveis de demanda vãocrescer muito.” Como o pré-sal tem umprazo longo, Galvão afirmou que, na medida em que conseguiremfornecer agora, as empresas estarão preparadas para acompanhar esseincremento da demanda. E nesse processo sempre terão comopreocupação elevar o conteúdo nacional, “porque essa é umaquestão de geração de emprego e renda no país, que é um deverde todo brasileiro buscar.”