Brasil retoma fase de crescimento econômico, confirma estudo

28/12/2009 - 18h16

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Estudo divulgado hoje(28) pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) identificou o encerramento do ciclo de recessão no Brasil, provocadopela crise financeira internacional, e o retorno a uma fase decrescimento econômico.O vice-diretor doInstituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas(Ibre/FGV), Vagner Ardeo, que colabora como relator desse comitêindependente, disse à Agência Brasil que a recessão durou do último trimestre de 2008 até o primeiro trimestre de 2009. “Delá para cá, a gente vive um período de expansão. Com certeza,estamos em crescimento, estamos em expansão.”Ardeo esclareceu que oCodace não faz previsões para o futuro. O comitê acompanha aeconomia e faz adaptações. Apesar disso, Ardeo disse que “esseperíodo de expansão está em pleno curso e não há no horizontenada que possa indicar a ocorrência de uma nova recessão.”O cenário de expansãoleva em conta também uma retomada da economia mundial, assinalouele. “A economia brasileira não é uma ilha. Então, evidentemente que o futuro vai depender de algumas variáveis”.De acordo com o estudo,somente nos dois últimos trimestres de recessão houve uma queda de3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezasproduzidas no país, superior à redução trimestral média de 0,8%do PIB brasileiro registrada nas sete recessões anteriores.“Foi uma recessãoforte, muito concentrada na indústria, e rápida”, enfatizouArdeo. Ele destacou que no contexto global essa foi a crise maisimportante desde a crise de 1929. “Então, se pode dizer quenenhuma economia do mundo deixou de ser afetada”.Ele analisou, porém,que graças à política econômica adotada pelo governo federal, queconseguiu colocar de novo o país no rumo da expansão, o Brasilconseguiu sair da crise internacional melhor do que a maioria dospaíses. A partir do segundo trimestre deste ano, sublinhou, teveinício o processo de retomada da economia brasileira. “E tudoindica que o quarto trimestre também caminha nessa mesma direção.”