Vice-presidente nacional da CUT diz que já passou da hora de uma reforma política no país

26/12/2009 - 10h16

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Emmeio a tanta denúncia de corrupção, de esquemas de pagamento de propina, ovice-presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT),José Lopez Feijóo,acredita que já passou da hora de uma reforma política no país.“Infelizmente,o Congresso Nacional não conseguiu avançar nessa questão”,lamentou Feijóo ao fazer um balanço de 2009 e da atuação doConselho de Desenvolvimento Econômico e Social, onde é conselheiroe um dos representantes dos trabalhadores. Outra queixa dosindicalista é sobre a morosidade do Congresso Nacional paradiscutir e aprovar uma reforma tributária que modernize a economianacional. Quantoaos problemas econômicos e financeiros, que retardaram ocrescimento brasileiro em 2009, Feijoó destaca ações do conselhoadotadas pelo comitê especial de acompanhamento da crise.Uma delas, sugerida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi aredução da taxa básica de juros, que deste julho vem sendo mantidapelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 8,75% ao ano.Feijoódestacou ainda as medidas de desoneração adotadas pelo governo paracombater a crise e uma série de contrapartidas junto aos empresáriospara que os empregos fossem mantidos no intuito de aliviar um poucoos efeitos do enfraquecimento da economia no bolso do trabalhador etentar reduzir o impacto da redução dos postos de trabalho comcerta proteção ao emprego. “Achoque foi um ano positivo. Estamos saindo da maior crise do capitalismodas últimas dez décadas, gerando emprego. Coisa que no mundo nãoestá acontecendo. Gerando um milhão de postos de trabalho”,disse.Orepresentante dos trabalhadores acredita ser factível o país gerarmais de 2 milhões novos postos de emprego como estima o ministro doTrabalho, Carlos Lupi.  Segundo ele, será “extremamente viável” estecrescimento no nível de emprego no país, já que no ano de 2009,com a crise, foi gerado um milhão de postos de trabalho.Ovice-presidente da CUT acredita que 2010 será um ano muito bom nãosó do ponto de vista econômico, mas também sobre a ótica dodesenvolvimento. “Só espero coisas boas e que todos tenham umbom ano novo”.