Tarso evita comentar investigações da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora

21/12/2009 - 11h44

Lísia Gusmão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daJustiça, Tarso Genro, evitou comentar a informação de que a PolíciaFederal (PF) teria apreendido na residência oficial do governador doDistrito Federal, José Roberto Arruda, dinheiro cuja série numérica é amesma de um lote de cédulas apreendidas em duas empresas acusadas departicipar do esquema de distribuição de propina. O dinheiro teria sidoencontrado pela PF durante a Operação Caixa de Pandora, que desmontouum esquema de corrupção envolvendo o governador, deputados distritais eempresários que prestam serviços ao governo do Distrito Federal. “Não posso fazer juízo de valor sobre a natureza das provas porque o inquérito ainda está em andamento”, justificou o ministro.SegundoTarso Genro, as ações de combate à corrupção da Polícia Federal serãofortalecidas. “A corrupção esteve muito tempo debaixo do tapete. Quantomais combatida, mais ela aparece”, afirmou.A análise domaterial apreendido na Operação Caixa de Pandora foi enviada pelaPolícia Federal ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o inquéritotramita em segredo de Justiça.O diretor-geral da PolíciaFederal, Luiz Fernando Corrêa, defendeu o uso de escutas telefônicasnas investigações de denúncias de corrupção. Segundo ele, não se podebanalizar o recurso às interceptações telefônicas, mas a robustez dasprovas produzidas pela polícia ajudará na condenação dos criminosos. “Émuito difícil por a mão em dinheiro de corrupção”, afirmou.Corrêaevitou críticas à decisão do Superior Tribunal de Justiça, que negou ospedidos de quebra dos sigilos bancários e fiscal dos envolvidos. “Atéporque muito dinheiro que circulou não foi contabilizado”, ponderou.