Marcha Mundial pela Paz e Não Violência reúne centenas de pessoas no Rio

19/12/2009 - 13h06

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Centenas de pessoas munidas de cartazes, bandeiras e guarda-chuvas com dizeres e símbolosda paz realizaram hoje (19) uma caminhada pelo calçadão da orla de Copacabana, zona sul da cidade, durante a 1ª Marcha Mundialpela Paz e a Não Violência.A carioca Cleide Inácio Horta ficou sabendo do encontro pela televisão. “Perdi meu filho num acidente de trânsito em maio. E decidi que quero fazer alguma coisa para melhorar essa situação. Já está muito ruim, não pode piorar mais.”A alemã Petra Klein participa da marcha mundial desde o primeiro evento, no dia 2 de outubro, na Nova Zelândia. O encerramento está previsto para 2 de janeiro de2010, na Cordilheira dos Andes. “A força dessa marcha está na união demilhares de pessoas de diversos países e diferentes culturas que buscama criação de uma cultura de não violência.”A única integrantebrasileira da equipe internacional da marcha, Jacqueline Melo,disse que a cada nova cidade que passam, o movimento ganha mais força. “Ainiciativa foi idealizada pela ONG [organização não governamental] Mundo Sem Guerras, da qual façoparte. Começou pequena, ia passar por poucos países, mas muita gentedemonstrou interesse em participar, movimentos, entidades. Ganhou umadimensão tão grande que ao final do evento vamos ter passado por mais de 90 países e 100 cidades nos cinco continentes.”JacquelineMelo disse que as crianças e os jovens são o público-alvo da marcha.“São as novas gerações que vão gerar essa consciência da urgência depaz e da não violência.”  Durante a noite, está prevista umacelebração à marcha no Cristo Redentor com 150 convidados, entreautoridades civis e religiosas, artistas e ativistas sociais. Durante oevento haverá também um ato interreligioso, com pedidos pela paz derepresentantes de vários credos. O anfitrião será o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar.Amanhã (20), a marcha chega ao centro da cidade de São Paulo e às 16h haverá shows com vários artistas brasileiros, no Vale do Anhangabaú.Paraa ativista Cristina Weber, que veio da cidade de Maricá, Região dosLagos, a marcha ajuda a desenvolver várias frentes de ação em cadalugar por onde passa. “A marcha veio para a gente criar uma chispa, umasemente, e cria base de contatos, adesão, de vínculo, enfim, mobilizarações duradouras para promover a paz. A ideia é realizar este eventotodos os anos.”