Patamar dos juros é consistente com cenário inflacionário benigno, avalia Copom

17/12/2009 - 9h53

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central(Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 8,75%, sem viés,na última reunião, ocorrida nos dias 8 e 9, foi tomada depois delevar em conta fatores como a flexibilização da política monetáriaimplementada desde janeiro e a margem de ociosidade remanescente dosfatores produtivos.Segundo a ata dareunião divulgada hoje (17) o comitê avaliou que esse patamar detaxa básica de juros “é consistente com um cenário inflacionáriobenigno, contribuindo para assegurar a manutenção da inflação natrajetória de metas ao longo do horizonte relevante e para arecuperação não inflacionária da atividade econômica”.O Copom lembra que noregime de metas para inflação a orientação é tomar decisões deacordo com os valores projetados para a inflação, contrariando,assim, os críticos que pedem resultados imediatos na redução dojuros. Outros fatores levados em conta, na decisão são a análisede diversos cenários alternativos para a evolução das principaisvariáveis ligadas a preços e os riscos associados a suas projeções.A ata enfatiza ainda que as expectativas de inflacionárias para 2010e 2011 continuam em patamares consistentes com a trajetória demetas, mesmo depois uma breve contração e de ter a demanda mostradoevidências de recuperação, graças aos efeitos de fatores deestímulo, como o crescimento da renda. “Note-se, também,que a desaceleração da economia global tem gerado pressões debaixa sobre os preços industriais no atacado”, registra odocumento.Segundo a ata, osestímulos monetários, fiscais e creditícios adotados para combatera crise “deverão contribuir para a retomada da atividade e,consequentemente, para a redução na margem remanescente deociosidade dos fatores produtivos”. Os técnicos destacamainda no documento que os efeitos dos estímulos anticíclicos devemser cuidadosamente monitorados por um período à frente e incluídosem decisões futuras de política monetária para assegurar aconvergência da inflação para as metas.