Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Entre os municípios com pelo menos 0,5% do Produto Interno BrutoNacional (PIB - a soma de bens e serviços produzidos no país), o maior ganho de participação de 2006 para 2007 foi o de Osasco (SP), segundo dados divulgados hoje (16)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Napassagem de um ano para o outro, o município, localizado na zona oesteda região metropolitana de São Paulo, aumentou sua contribuição de 0,7%para 0,9% do PIB nacional.De acordo com o levantamento ProdutoInterno Bruto dos Municípios, que traz informações relativas à geraçãode renda nos 5.565 municípios no período entre 2003 e 2007, o movimentofoi impulsionado pela expansão de atividades ligadas aos serviços nacidade, especialmente aos de intermediação financeira. Poroutro lado, a maior perda sob este enfoque foi observada em Campos dosGoytacazes (RJ), cuja participação passou de 1,0% para 0,8% do PIB totaldo país. O desempenho foi motivado, segundo o IBGE, pela baixa no preçoem reais do barril do petróleo. O município, localizado no nortefluminense, abriga um dos principais pólos de exploração de petróleo egás natural do país.O levantamento traz ainda outra análise emrelação às perdas e ganhos de posição dos municípios em relação ao PIB.Observando todos os 5.565 municípios, as maiores expansões entre 2006 e2007 foram verificadas em Alto Horizonte, em Goiânia, que passou do4.444º lugar para o 823º, em decorrência do início da produção ebeneficiamento de sulfeto de cobre. A seguir, apareceAlbertina, em Minas Gerais (de 4.489º para 2.141º), devidoprincipalmente ao aumento do comércio atacadista de café em grãosespecialmente para exportação; e Cairu, na Bahia (de 3.030º para 715º),impulsionado pelo início da atividade de extração mineral,predominantemente de gás natural, na Bacia de Camamu. Emmovimento oposto, as maiores perdas, considerando o ranking total dosmunicípios, foram notadas nas cidades de Gavião Peixoto (SP), quepassou do 512º para o 2.444º lugar; Borá (SP), tendo pulado de 3.447ºpara 4.825º; e Jequiá da Praia (AL), que ocupava o 3.447º lugar eassumiu a 4.825ª posição. Em todas elas, as quedas estão associadas àredução nos preços do açúcar praticados tanto no mercado interno quantono externo.