Ministério da Saúde lança campanha nacional de prevenção ao uso de crack

16/12/2009 - 16h53

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O aumento acentuado doconsumo de crack no país levou o Ministério da Saúde alançar hoje (16) a Campanha Nacional de Alerta e Prevenção do Usode Crack. O objetivo do governo é fazer com que os jovens sejamconscientizados a não consumir a droga - um subproduto de cocaínavendido a preço baixo - por causa de seu alto poder de dependênciae da grande dificuldade de recuperação, além do risco de morte. A campanha vai divulgardois filmes na TV, com duração de 30 segundos, em rede nacional eem 14 emissoras regionais. Também foram produzidas duas peças parao rádio: um jingle de 60 segundos, alertando sobre os perigosdo crack, e um spotde 30 segundos. Cinemas, jornais, revistas e sites tabém vãodivulgar a campanha.Após a cerimônia deapresentação da campanha, o ministro da Saúde, José GomesTemporão, deu entrevista sobre o assunto. O crack, disseele, tem efeito devastador sobre o cérebro, destruindo neurônios edeixando o usuário vulnerável, com sérias consequênciasindividuais e para as pessoas com as quais convive.O ministro da Saúdeinformou que o governo já tomou medidas importantes para ampliar oacesso à rede de saúde não só de usuários de crack, mastambém de álcool e outras drogas que causam dependência, com investimentos em torno de R$ 215 milhões para a ampliação donúmero de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) .A informação,destacou Temporão, é a arma mais poderosa que a sociedade tem paraenfrentar o vício do crack. De acordo com ele, está havendoum trabalho assistencial com os moradores de rua, por causa davulnerabilidade em que se encontram. Profissionais de saúde mental eda família e assistentes sociais participam dessas atividades.Em 2010, a rede deconsultórios de rua projetados pelo ministério deve ser expandida.Hoje, a experiência é desenvolvida em Salvador e será levada paramais 13 capitais. Embora tenhaconhecimento sobre a disseminação acelerada do uso do crack,o Ministério da Saúde só dispõe de informações precisas sobre oconsumo referentes a 2005, quando 0,1% da população consumiao produto. No momento, assinalou Temporão, está sendo concluído umlevantamento que conterá dados mais atualizados e contribuirá paraa formulação de políticas públicas para a prevenção do uso decrack.