Estudo da OIT revela que desemprego aumenta entre jovens de 15 a 24 anos

16/12/2009 - 11h07

Da Agência Brasil

Brasília - Em 1992, o índice dedesemprego entre os jovens de 15 e 24 anos era de 11,9% e saltou para17% em 2007. No mesmo período, o número de jovens que não trabalham nemestudam passou de 21,1 % para 18,8% respectivamente.Entre2005 e 2007, a desocupação caiu entre os jovens e  osadultos em função dos níveis de crescimento econômico e do consequentedesempenho do mercado formal de trabalho. No entanto, as diferençassignificativas das taxas de desemprego entre esses grupos populacionaissemantiveram.Os dados constam de relatório daOrganização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado hoje (16) sobre as condições de trabalho no período de  1992 a 2007. O estudo mostra variações com base no cenáriopolítico e econômico mundial. O aumento do desemprego entre o público jovem foi um dos pontos destacados na pesquisa. De acordo com a pesquisa, 6,4 milhões de jovens nãoestudavam nem trabalhavam, ou seja, um em cadacinco. Em números expressivos, o ano de 2007 registrouum total de 7,8 milhões de trabalhadores desocupados, sendo que 3,6milhões dessas pessoas (46,7% do total) tinham entre 15 e 24 anos deidade. Além de fatores econômicos, o estudo apontou ligaçãodireta às condições demográficas. Na década de 90, período em quesurgiu a onda jovem, houve aumento da taxa de fecundidade, fato quegerou um crescimento expressivo da população juvenil. Essa realidadeainda hoje é constatada, embora em números cada vez menores. Outrofator ligado ao desemprego nessa faixa etária é a questões de gênero e raça. Em  2006 entre asjovens mulheres negras a proporção daquelas que não estudavam nemtrabalhavam era de 29,2%, cerca de 7 pontos percentuais acima das jovens brancas (22,4%) e cerca detrês vezes superior à proporção dos jovens brancos do sexo masculino (10,3%).Oestudo mostra que o aumento da evasão escolar entre as jovensbrasileiras é superior ao número de rapazes, já que muitas acabam sededicando aos afazeres domésticos, ou em alguns casos, àmaternidade, sobretudo entre as adolescentes.