Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Auma semana do início do recesso parlamentar, a Comissão ParlamentarMista de Inquérito (CPMI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)aprovou hoje (16) o cronograma de trabalho. As oitivas (audiências), a análise derequerimentos e as visitas a autoridades só começarão, de fato, emfevereiro, quando têm início os trabalhos legislativos do próximo ano.Ficouestabelecido que a CPMI vai se reunir com autoridadescomo o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar; oministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage; odiretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa; e opresidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo TribunalFederal, ministro Gilmar Mendes.Osparlamentares da oposição reclamaram do fato de o cronograma detrabalho ter deixado de fora oitivas ou reuniões com os ministros daAgricultura, Reinhold Stephanes, e do Desenvolvimento Agrário,Guilherme Cassel, e com o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart. “A faladessas autoridades seria essencial para nossa CPI. É importanteque elas sejam ouvidas”, disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-PR).“Fazermos visitas seria difícil, e nem todos teriam condições deouvir e comparecer a essas agendas externas”, completou.Orelator da CPMI, Jilmar Tatto (PT-SP) respondeu ao comentário de Sampaio afirmando que ermovisita era apenas formalidade.Ovice-presidente da comissão, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), sugeriu que a CPMIdo MST receba uma transferência de dados da CPI das Organizações Não Governamentais (ONGs). “Algunsrequerimentos pedem a quebra de sigilo bancário de autoridades quejá tiveram seus sigilos quebrados pela CPI das ONGs. Então, sugiroa transferência já na primeira sessão de fevereiro”, disse Lorenzoni.De acordo com o parlamentar, atroca de informações poderá agilizar o trabalho daCPI, que inicialmente tem 180 dias para a conclusão dos trabalhos.