Cidade de São Paulo contribui com 12% do PIB nacional

16/12/2009 - 16h33

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) constatou que a cidade de São Paulo teve a maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, em 2007, com 12%. A pesquisa foi divulgada hoje (16). Aparecem na lista dos 30 municípios com maior PIB outras 11 cidades paulistas. Guarulhos e Campinas ocupam a nona e a décima posição respectivamente, enquanto São Bernardo do Campo, Barueri e Osasco estão na 12ª, 13ª e 14ª posição. As outras que estão entre as 30 primeiras são: Santos (19ª), São José dos Campos (21ª), Jundiaí (23ª), Santo André (25ª), Ribeirão Preto (26ª) e Sorocaba (30ª).As cidades que tiveram o melhor desempenho no estado de São Paulo foram: Guarulhos, Campinas, São Bernardo do Campo, Barueri e Osasco.  As últimas do ranking paulista são São José do Rio Preto, Paulínia, Louveira e Cubatão. O estudo indica que em 2007 só a capital paulista respondeu por mais de 35,45% do PIB do estado. Ao analisar por perfil setorial, São Paulo, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Guarulhos e Campinas são os cinco municípios com maior participação na geração de valor industrial do estado, totalizando 40% desse valor. O setor de serviços da capital paulista respondeu por 40% da participação, com as atividades voltadas tanto para as empresas como para os consumidores finais, além da intermediação financeira. Em seguida, vêm Osasco, Barueri, Guarulhos e Campinas. São José dos Campos e Santos ocupam o nono e o décimo lugar. Na agropecuária, entre os dez principais municípios estão Aguaí, Casa Branca, Itapetininga, Mogi Guaçu e Itapeva. Os municípios com PIB por pessoa (per capita) mais elevado são Louveira, Alumínio, Barueri, Paulínia e Jambeiro. Segundo o diretor adjunto de Análise do Seade, Sinésio Pires Ferreira, não é possível relacionar o fato de o município ter o PIB per capita elevado com a distribuição da renda e, consequentemente, com a melhor qualidade de vida para a população.“Embora os municípios mais ricos sejam aqueles que oferecem melhores condições de vida para seus habitantes, isso não é uma regra geral. Sobretudo no entorno desses grandes municípios se concentram municípios igualmente importantes do ponto de vista da geração de riqueza mas com uma população cujas condições de vida são muito precárias”.Ferreira explicou que o cálculo do PIB privilegia o local onde a riqueza é produzida e não necessariamente onde essa riqueza é apropriada. Ou seja, embora uma grande empresa gere empregos em um município e distribua parte dessa riqueza por meio dos salários, a maior parte vai para os proprietários e acionistas das empresas que habitam outras regiões.Segundo Ferreira, há décadas estão sendo feitos esforços para reduzir a concentração da produção na região metropolitana de São Paulo e tornar mais igualitária e bem distribuída a produção. “Mas percebemos que essa concentração persiste e é muito difícil alterar componentes estruturais desse processo, sejam eles a infraestrutura, proximidade dos mercados, de portos."