Mercado doméstico deve sustentar crescimento econômico forte, prevê Miguel Jorge

15/12/2009 - 18h24

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MiguelJorge, afirmou hoje (15), que está otimista quanto a um crescimento forte daeconomia nacional no ano que vem. A reativação econômica serásustentada, segundo ele, pelo mercado interno, que respondeu bem nesteano de crise financeira internacional e continua em ascensão.Ele disse também que haverá melhora no volume de exportaçõesbrasileiras, mas estima que não deve ser uma recuperação muito forte,uma vez que alguns dos grandes mercados compradores ainda sentemefeitos da crise financeira iniciada em setembro do ano passado. Além disso, “essa questão é difícil de resolver, porque não depende de nós”.Oministro lembrou, contudo, que está mais confiante no fortalecimento domercado interno, que responde por 87% do Produto Interno Bruto (PIB),soma das riquezas produzidas no país, ao passo que as exportaçõesrepresentam só 13% do PIB. Ele reafirmou sua crença no “fortecrescimento da economia doméstica”, porque tem conversado com empresários que se dizem motivados a investir, independente de 2010 ser uma ano eleitoral.MiguelJorge disse que de modo geral o empresariado brasileiro “não vê risco”nas candidaturas mais em evidência para a Presidência da República, noscasos de José Serra (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT). De acordo com ele,essas candidaturas “não afetarão o processo de retomada dosinvestimentos em 2010”.Ele adverte, porém, para o risco de outro gargaloque pode gerar dificuldades para o crescimento econômico do país nomédio prazo, que é a falta de mão de obra especializada. Por isso, alerta para a necessidade de maiores investimentos em educação e naampliação da oferta de cursos técnicos.Perguntado sobre aameaça de setores da siderurgia de um possível reajuste de 15% no preçodo aço, no início de 2010, o ministro afirmou que um aumento nessaproporção “não se justifica”. Ele disse que, se a alta se efetivar, no nívelapregoado, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) poderá aprovar umaredução na alíquota do Imposto de Importação, e assegurou: “Qualquerreajuste neste momento não tem justificativa”.