Lula descarta taxar produtos de países ricos sem metas de redução de gases

15/12/2009 - 10h53

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou a ideia deelevar taxas de produtos de países ricos que serecusarem a adotar metas de redução de gáscarbônico (CO2) na 15ª Conferência das NaçõesUnidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre emCopenhague, na Dinamarca. Ele descartou a proposta ao responder àpergunta de uma leitora na coluna semanal O Presidente Responde, publicada hoje (15)."Emboraos países desenvolvidos estejam resistindo a adotar metasrelevantes de redução da emissão de CO2, oBrasil não pode apelar para instrumentos comerciais ilegais.Nosso país deve respeitar os compromissos assumidos naOrganização Mundial do Comércio. Elevar a tarifasobre produtos provenientes somente dos países desenvolvidosconsistiria em medida discriminatória", respondeu Lula àleitora que sugeriu o aumento das taxas pelo governo brasileiro.Lula, queembarcou na manhã de hoje para Copenhague onde participaráda Conferência do Clima, lembrou que o Brasil assumiu ocompromisso voluntário de reduzir as emissões de gasesde efeito estufa entre 36,1% e 39,8% até 2020. Segundo ele,após o Brasil divulgar a meta os Estados Unidos e a Chinatambém apresentaram suas propostas de redução dogás.Atésexta-feira (18), negociadores de mais de 190 países terãoa missão de chegar a um consenso sobre o novo acordo climáticopara complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012.Adelegação brasileira em Copenhague é chefiadapela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e conta ainda comintegrantes dos ministérios das RelaçõesExteriores, do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia e da áreaeconômica.