Fundo Brasil de Direitos Humanos lança edital para 2010

15/12/2009 - 5h56

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Projetos de organizações da sociedade civil e depessoas físicas cujo foco é o combate àdiscriminação de qualquer tipo e à violênciainstitucional, tanto de entidadesdo setor público quanto privado, já podem concorrer aoedital 2010 do Fundo Brasil de Direitos Humanos. O edital foilançado este mês, em solenidade que contou com aparticipação do rapper MV Bill, um dosfundadores da Central Única de Favelas (Cufa) e conselheiro dofundo. Em entrevista à Agência Brasil, MVBill disse que vê de forma muito positiva a iniciativa, porque atendeprojetos ligados à área de direitos humanos. Sãoprojetos pequenos, que têm média durabilidade e customenor, entre R$ 10 mil e R$ 25 mil”.MV Bill destacou queuma das prioridades é que “os protagonistas desses projetossejam pessoas que tenham sentido na pele, de alguma forma, aquilocontra o qual estão lutando com o projeto. É umainiciativa do Fundo Brasil que eu acho muito bacana e apóio”.Esteé o quarto edital da fundação, criada em 2006com a finalidade de captar recursos “para distribuiçãoa organizações e pessoas que trabalham na promoçãodos direitos humanos e na sua exigibilidade. Essa é a idéiaprincipal”, disse odiretor-presidente do Fundo Brasil, Sergio Haddad.Nos trêseditais anteriores, foram investidos quase R$ 2 milhões em 76projetos selecionados. Haddad esclareceu que têm prioridadepequenas organizações de base, que estão emcampo, que não têm acesso a recursos “e que, portanto,necessitam de apoio para dar continuidade ao seu trabalho”.Ovalor repassado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos alcançaaté R$ 25 mil por projeto contemplado. As organizações não governamentais (ONGs) interessadas emconcorrer ao edital devem apresentar os projetos atémarço. O julgamento será feito no primeirosemestre do próximo ano e a assinatura dos contratosdeve ocorrer no segundo semestre, quando começa arealização dos trabalhos, pelo período de umano.O trabalho de captação de recursos do FundoBrasil para apoio a projetos de combate à discriminaçãoe à violência institucional é realizado emdiversos níveis. No plano internacional, ele conta com apoiode agências que financiam projetos no Brasil,como a Fundação Ford, dos Estados Unidos. No país,apóiam o fundo empresas nacionais, entre elas a Natura, edoadores individuais que dispõem de recursos financeiros equerem adotar projetos na área dos direitos humanos. Até agora, a fundação não dispôs derecursos públicos, à exceção do apoiorecebido da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) daPresidência da República para o lançamento deeditais no fim do ano, informou Haddad.