Câmbio com real valorizado volta a ser alvo de crítica da indústria

14/12/2009 - 18h55

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A atual taxa de câmbiodo país com o real valorizado voltou a ser alvo de queixa da indústria.Desta vez, a crítica veio do presidente da Federaçãodas Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Robson Braga deAndrade. Ao participar de almoço hoje (14) na Federaçãodas Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), ele disse que ocâmbio tem prejudicado as exportações daindústria, transformando-se numa “preocupação”do setor.“Acreditamos realmente que o Brasil vai ter grandes investimentos,recursos externos importantes, o que, por um lado, nos deixa felizes,mas há também uma preocupação com relaçãoa essa taxa cambial que tem prejudicado muito as exportaçõesda indústria brasileira”, disse. O dólar estácotado hoje em cerca de R$ 1,75. No início do ano, ele chegoua mais de R$ 2,30, devido à crise financeirainternacional. Mas, desde março, o real vem se valorizando emrelação à moeda norte-americana. No mês passado, opresidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ArmandoMonteiro Neto,  cobrou do governo  medidas mais efetivas paralidar com o câmbio, como a reforma na legislação do setor.Depois departicipar de reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) com oministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da CNI defendeu umapostura mais ativa do Banco Central para comprar dólares e impedir umaqueda ainda maior da moeda norte-americana.“O Brasil optou porum câmbio flutuante, mas como atuar diante desse cenário?”, questionouMonteiro Neto. “Apoiamos firmemente uma posição ativa do Banco Centralem comprar divisas e defendemos a revisão e modernização da legislaçãocambial [que retire barreiras à saída de dólares].”