Novo corregedor da Câmara Legislativa do DF não fixa prazo para analisar processos

10/12/2009 - 19h38

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado distrital Raimundo Ribeiro (PSDB), eleito na tarde de hoje (10) corregedor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, evitou estabelecer prazos para analisar os processos de quebra de decoro parlamentar contra os deputados envolvidos no suposto esquema de pagamento de propina no governo local.Ribeiro disse que ainda não recebeu as representações e vai analisar com “serenidade e tranquilidade” os casos. Oito distritais estariam envolvidos no escândalo revelado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Depois de analisar, ele deverá mandar os processos para a Comissão de Ética da Casa, da qual é integrante.Ribeiro foi eleito interinamente e só deverá ocupar o cargo durante a análise desses casos. A corregedoria é hoje comandada pelo deputado Junior Brunelli (PSC), que aparece em gravações recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, autor das denúncias.Amigo pessoal de Arruda, Ribeiro disse que foi avisado pelo governador da decisão de se desfiliar do Democratas (DEM), porém evitou especular sobre qual será a repercussão. “É uma decisão de foro íntimo. Ainda é cedo para avaliar”, afirmou aos jornalistas.Para o deputado, a amizade com o governador, apontado como o líder do esquema de propina, não vai atrapalhar o trabalho como corregedor temporário. “Não tenho nenhum problema em continuar sendo amigo. Não tenho problema com a amizade e em exercer um cargo público.”De acordo com o site particular do deputado tucano, Ribeiro, que é advogado da União, trabalhou no gabinete de Arruda, durante o mandato de senador (1997-2000).