Instituto que estuda desenvolvimento da indústria destaca consistência da reativação econômica

10/12/2009 - 19h08

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A economia brasileira entrou, de fato, em um processo derecuperação do dinamismo da indústria e dos investimentos, como mostramos dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), relativos ao Produto Interno Bruto (PIB) doterceiro trimestre deste ano. A afirmação consta de nota do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).Soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o PIB de julho a setembro somouRS$ 797 bilhões, segundo o IBGE, o que representa evolução de 1,3% emrelação ao trimestre anterior. O resultado, no entanto, ficou aquém das projeções, que indicavamcrescimento em torno de 2%, como mencionou ontem (9) o ministro daFazenda, Guido Mantega.O Iedi destaca, porém, que há números norelatório do IBGE que apontam para consistência da reativação da economiabrasileira. O instituto citou, entre eles, a expansão de 2,6% na indústria, a alta de 6,5%na retomada de investimentos, também chamada de formação bruta decapital fixo, e o aumento de 2% no consumo das famílias, na comparação com o segundo trimestre.De acordo com o Iedi, ocrescimento de 2,9% no PIB industrial representa um novo dinamismo,mais consistente, uma vez que se baseia em um movimento ascendente namaioria dos setores da indústria, tanto em termos de crescimento daprodução física quanto da expansão do emprego.Segundo a nota, a “expressiva” expansão de 6,5% na formação bruta decapital fixo revela que “os investimentos entraram em uma trajetória derecuperação mais robusta”, o que deve acarretar em ganhos de qualidadena evolução da economia e bases mais firmes para crescimento sustentadono futuro. Isso porque a expansão dos investimentos ocorreu emritmo bem mais alto que a evolução do consumo.O Iedi destaca,ainda, o crescimento de 1,6% no setor de serviços e adverte para aqueda de 2,5% no PIB da agropecuária, que está intrinsecamente ligadaàs exportações, que não tiveram bom desempenho nos últimos meses.As exportações, como um todo, cresceram 7,1% no segundotrimestre, contra aumento de 4,4% das importações. No terceirotrimestre, a vantagem se inverteu, com aumento de apenas 0,5% das vendas,enquanto as compras externas cresceram 1,8%.