Federação alerta para a escassez de engenheiros no país

10/12/2009 - 18h02

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pode faltar mãode obra especializada em engenharia no Brasil para preparar a Copa doMundo de 2014, disse hoje (10) o presidente da FederaçãoNacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro. Segundo ele, a falta de profissionais qualificados pode acabarprovocando uma paralisação no desenvolvimentobrasileiro. “Você vai ter que importar profissional. E nóssomos totalmente contra”. O presidente da FNE afirmou que oBrasil tem muita expertise (profissionais competentes) nosetor de engenharia e, por isso, muitos profissionais acabam sendocontratados no exterior. Com objetivode atrair um número maior dejovens, a federação elaborou um material de divulgaçãoque foi distribuído a estudantes do segundo grau. “Tem que duplicar o número de formandos nospróximos cinco anos”, disse. A meta é elevar para 60 mil onúmero de formandos por ano em engenharia até2014. Nas décadas de 70 e 80, acarreira de engenharia disputava com a de medicina a preferênciados vestibulandos. “Tivemos 20 anos de estagnação econômica. Os engenheiros migraram para outras áreas,como a de finanças”,avaliou. De acordo com aFNE, mais de 100 mil alunos entram nos cursos de nívelsuperior de engenharia, mas apenas 30 mil se formam a cada ano.Pinheiro estima que existam atualmente no Brasil cerca de 500 milengenheiros na ativa. “É [um número] muitopequeno para a demanda”, analisou. Segundo ele, oaumento de engenheiros qualificados atenderáainda às Olimpíadas de 2016, à exploraçãodo petróleo na camada pré-sal e às obras doPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC).