Economia precisa ter expansão de 5% no último trimestre para não fechar 2009 com redução do PIB

10/12/2009 - 14h07

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Produto Interno Bruto– soma de todas as riquezas produzidas no país – precisaapresentar uma expansão de 5% nos últimos três meses do ano, emrelação ao mesmo período de 2008, para que a economia brasileirafeche 2009 estagnada, ou seja, com crescimento zero.A estimativa foiapresentada hoje (10) pela gerente de Contas Trimestrais do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis,destacando que esse cálculo não é realizado pelo instituto.Para que haja uma quedade 1% no resultado do PIB de 2009, a economia precisaria crescerapenas 1% no quarto trimestre na comparação com o igual período doano anterior.Rebeca Palis considerouo resultado do PIB relativo ao terceiro trimestre um sinal derecuperação da economia, embora tenha admitido que a taxa de 1,3%em relação ao trimestre anterior, divulgada hoje aponte um ritmomenos intenso do que se acreditava.Em relação ao terceiro trimestre de 2008, a economia apresentouretração de 1,2% e, no acumulado em nove meses, a queda foi de 1,7%frente ao período de janeiro a setembro de 2008.Rebeca acrescentou quea revisão de dados dos trimestres anteriores, que revelaram quedasainda mais intensas no PIB do segundo trimestre de 2009 (-1,6% e não-1,2%, como divulgado anteriormente) e no resultado do primeirotrimestre do ano (-2,1% e não –1,8%), contribuíram para que aexpansão fosse menor do que a prevista. Ela ressaltou, no entanto,que seria um “exagero” afirmar que a nova leitura seria capaz demudar o cenário econômico do país.“O que aconteceu foique nós revisamos toda a série, mudando [os números] para trás.Nós acabamos botando um pouco para cima o crescimento do terceirotrimestre do ano passado, que era de 6,8% e agora foi para 7,1%, e noquatro trimestre de 2008 acabou sendo o contrário: era de 1,3% eagora ficou em 0,8%. Óbvio que todas essas coisas afetaram ocrescimento do terceiro trimestre desse ano. Além disso, quem faz asprevisões de crescimento não tinha acesso a esses novos dadosainda”, afirmou.De acordo com oinstituto, essas revisões ocorreram em função da consolidação deresultados relativos a 2007 e a 2008.