País ganhou 335 mil novos empregos no setor de saúde entre 2005 e 2007

09/12/2009 - 10h34

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Ospostos de trabalho ligados a atividades de saúde no Brasilregistraram expansão entre os anos de 2005 e 2007, passando de cerca de 3,8milhões de vagas para aproximadamente 4,2 milhões. A participação desse tipo deocupação no total das atividades da economia subiu de 4,3% para4,4%. O acréscimo representa a abertura de 335 mil postos, criadosprincipalmente no setor de comércio de produtos farmacêuticos,médicos, ortopédicos e odontológicos. Sozinho, este ramo respondeupor 105 mil novas vagas de trabalho no período.Os dados,divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), fazem parte da pesquisa Conta Satélite SaúdeBrasil, que traz informações sobre a produção, o consumo e o comércioexterior de bens e serviços relacionados à saúde, assim como detrabalho e renda nas atividades que geram esses produtos. Olevantamento revela que o rendimento médio anual das atividades nasaúde representaram, em 2007, 8,2% das remunerações do total daeconomia. A renda média mais alta do ramo é a dos trabalhadores dasatividades de atendimento hospitalar (que inclui funções de médico, enfermeiro, porteiro e de todos que trabalham em estabelecimentosprivados que oferecem esse serviço), que foi de R$ 43,7 mil anuaisem 2007. Dois anos antes, o rendimento anual dessa atividade foi deR$ 33.137.De acordo com Ricardo Moraes, gerente de Modelos eMétodos do IBGE, o dado é positivo, mas não surpreende. “Nãose trata de um dado espantoso porque, em geral, esse é um setor emque os profissionais contam com um nível elevado de especialização,além de ser uma atividade com alto grau de formalização. Nessescasos, os salários costumam ser mais altos”, destacou.Enquantoo grau de formalização geral da economia é de cerca de 44%, nessaatividade, o índice sobe para 70%.