Mantega diz que medidas de estímulo à economia não farão taxa de juros subir

09/12/2009 - 16h30

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As medidas que desoneram e procuram dar mais estímulos ao desenvolvimento econômico do país, adotadas hoje (9), não darão argumentos para o Banco Central (BC) elevar a taxa básica de juros e, assim, conter a inflação. A afirmação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega.Ele acredita que o BC vá se concentrar no comportamento da inflação, que, para ele, “está muito bom”, pois a taxa medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo Mantega, deve fechar o ano em 4,3% ou 4,4%. A meta deste ano é de 4,5%, sendo o limite superior de 6,5% e o inferior de 2,5%.“Eu trabalho com a manutenção da taxa (Selic) em 8,75% ao ano, que são as projeções do ministério da Fazenda para o próximo ano. Porque a inflação está sob controle.”Mantega voltou a lembrar que um crescimento de 5% a 5,5%, no ano que vem, é possível já que, antes da crise, o Produto Interno Bruto (PIB) vinha crescendo sem aumentar a inflação.“Nós temos a válvula de escape das importações. No ano que vem, elas vão crescer um pouco e, portanto, o mundo continuará com um nível de atividade baixa e preços baixos. A pressão não será inflacionária", disse.O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define hoje (8), em sua última reunião de 2009, a taxa básica de juros para os próximos 45 dias.A expectativa dos analistas é que a autoridade monetária manterá a taxa de juros nos atuais 8,75% ao ano, em vigor desde o dia 22 de julho. Nessa data, o Copom promoveu a última redução da taxa, que começou o ano em 13,75%.