CPI do MST é instalada em clima de pré-recesso parlamentar

09/12/2009 - 16h35

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em clima de pré-recesso a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) do MST realizou suaprimeira reunião hoje (9) que serviu para definir, por aclamação – já queexistia um acordo entre os líderes – a presidência e a relatoria. Coubeao senador Almeida Lima (PMDB-SE) a presidência, e o deputado JilmarTatto (PT-SP) ficou encarregado de relatar os trabalhos que só devem ter início efetivo no próximo ano. “Nãohá ainda planejamento dos trabalhos", disse o presidente ao serquestionado por parlamentares que ponderaram sobre o início dorecesso parlamentar marcado para o próximo dia 22 de dezembro. "Vamos marcar para a próxima quarta-feira,em princípio, às 10 horas, uma nova reunião. Convoco os parlamentares ase organizarem, a partir de suas bancadas para que possamos estabeleceruma definição de como essa comissão poderá trabalhar após o recessoparlamentar", disse o presidente.Alguns parlamentares chegarama sugerir a mudança do nome da CPMI, argumentando que só o rótulo já trariauma carga negativa ao MST. “Não estamos aqui para criminalizar osmovimentos sociais e acho que deveríamos trocar o nome da CPI. Nãopodemos dar a largada já criminalizando, porque, se carimbarmos essenome, os estragos podem ser irreversíveis”, disse a deputada ManuelaD'Ávila (PCdoB- RS).O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) também frisou que o fato de participar da CPMI não significaque seu partido não reconheça a legitimidade dos movimentos sociais. "OPPS não á contra os movimentos sociais e reconhece a legitimidadeinclusive do MST. Estamos aqui para apurar possíveis fatos que teriamsido cometidos por pessoas infiltradas no MST, que acham que ajudam oMST", destacou.