Temer e líder peemedebista se defendem das acusações de recebimento de dinheiro

08/12/2009 - 20h16

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara, deputado Michel Temer(PMDB-SP), usou hoje (9) a tribuna da Casa para se defender das acusaçõesde seu suposto envolvimento em um esquema de pagamento de propinas adeputados distritais, em que teria sido beneficiado com recursos nãodeclarados à Justiça Eleitoral. O esquema de propinas foi investigado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.Temer, que presidia ostrabalhos, afirmou que se mantém firme no cargo de presidenteda Casa para cumprir o seu dever, e que as acusaçõesfeitas contra ele são mentirosas e levianas.“Aolongo de mais de 30 anos de vida pública, entremeada com avida universitária e a vida profissional, jamais fui vítimade tamanha vilania, de tamanha infâmia. Eu tive oportunidade derevelar toda a minha indignação. Mas não fiqueina indignação. Tomei, como tomou o líderHenrique Eduardo Alves, [atitudes] concretas. Nós fomos aoJudiciário”, afirmou Temer aos deputados no plenário.Oparlamentar também afirmou que estava em dúvida sefaria a comunicação aos seus colegas de Parlamento, masentendeu que era necessário dar satisfação aosdeputados. E acrescentou: “No dia em que eu não tivercondições morais íntimas – não écondição moral decretada por vilões ou porpessoas sem qualificação – eu jamais deslustrarei oPoder Legislativo brasileiro. Eu continuo nesta cadeira firme,tranquilo e absolutamente sereno, com a convicção deque cumpro o meu dever”. O líder do PMDB, HenriqueEduardo Alves (RN), disse da tribuna da Câmara que foisurpreendido por uma “denúncia torpe, absurda, bandida,criminosa e difamação”. Ele revelou que entrará, amanhã (9), com uma ação na JustiçaCivil por danos morais e que já ingressou na Justiçacom uma ação de queixa-crime por calúnia edifamação contra o empresário Alcyr Collaço,que citou o seu nome e de outros peemedebistas como sendobeneficiários do esquema de propinas do DF.