Presidente da CNA diz que 2009 foi melhor que o esperado

08/12/2009 - 13h16

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Passado um ano de incertezas na agropecuária brasileira, depois dacrise mundial no fim de 2008 que acabou deixando mais escasso o créditoprivado que financiava boa parte do setor, 2010 aparece como “o ano daretomada do crescimento”, segundo a presidente da Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO).Para ela, o ano de 2009 foi melhor que o esperado.“Nósesperávamos um quadro bastante grave, mas felizmente os paísesemergentes conseguiram se recuperar mais rapidamente, principalmente oBrasil, em função das fortes reservas, do sistema bancário seguro e dasrelações comerciais diversificadas”, afirmou.Durantea divulgação, hoje (8), do balanço de 2009 e das perspectivas para 2010do agronegócio brasileiro, a senadora disse que o próximo ano terárecuperação tanto em volumes produzidos e comercializados quanto emfaturamento e crescimento da receita. De acordo com levantamento daCNA, o PIB rural do próximo ano deve retornar aos patamares de 2007.Sinal disso, segundo a confederação, se vê nas perspectivas para oValor Bruto de Produção (VBP) do setor agropecuário para 2010. Aprojeção da CNA indica, para o próximo ano, um VBP de R$ 245,1 bilhões,representando aumento de 5,13% em relação ao deste ano, que deveficar em torno de R$ 233,17 bilhões. Desse volume, R$ 91,9 bilhões têmorigem na produção pecuária e 153,1 bilhões na agricultura.  Asenadora disse estar otimista com o novo modelo de crédito rural a serimplantado pelo governo federal a partir da próxima safra, destacando aimportância de um seguro amplo para o setor. “Fomos aos Estados Unidossaber como funcionam os mecanismos de crédito, e embora lá não haja nadade crédito oficial, há 100% da safra segurada”, afirmou, comparandoo sistema de crédito e seguro rurais dos dois maiores produtores degrãos do mundo.Em relação às subvenções governamentais para osetor, a presidente da CNA afirmou que ele será importante enquantohouver poucos, mas grandes grupos, determinando os preços dascommoditties agrícolas. “Enquanto milhões e milhões de pessoas estiveremno mundo produzindo alimentos e meia dúzia formando preço, o governotem que fazer subvenções”, declarou.