Petrobras começa a testar térmica a etanol ainda este ano, anuncia diretora

08/12/2009 - 17h28

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A diretora de Gás eEnergia da Petrobras, Maria das Graças Foster, anunciou hoje (8) queno próximo dia 21 a estatal dará início aos testes da primeirageração de energia elétrica no mundo a partir do etanol.Pioneiro, o processoterá início a partir da térmica de Juiz de Fora (MG) e o projetofoi desenvolvido em parceria com a multinacional General Electric(GE). “Vamos rodar três meses com etanol medindo as emissões.Estamos com uma expectativa bastante grande em relação aodesempenho e às emissões dentro dos níveis padrão. Do ponto devista ambiental, é algo extremamente relevante”, disse a diretora.Segundo Maria dasGraças, se os resultados forem positivos, surgirá a oportunidade denegócios para uso também em outros países, como o Japão, que têmturbinas semelhantes. "O Brasil será o primeiro país do mundoa produzir energia a partir de etanol", observou a diretora,explicando que a turbina a ser utilizada terá capacidade para gerar45 megawatts e foi adaptada pela GE para operar tanto com gás comocom etanol."Temos as melhoresexpectativas para mostrar a viabilidade técnica e econômica daprodução de eletricidade com uma fonte menos poluente",afirmou Maria das Graças.. Na sua avaliação, mesmo sendo umcombustível mais caro que o gás para uso de geração de energia,“o álcool é uma alternativa aos combustíveis fósseis, estará àdisposição em caso de necessidade e poderá ser beneficiado pelosprojetos de incentivo à redução das emissões de poluentes”.A diretora disse aindaque a viabilidade do empreendimento, se confirmada, poderá setransformar em uma “grande oportunidade de negócios com outrospaíses, o que acelerará muito o uso do etanol brasileiro" noexterior.Outro fator destacadopela diretora foi o fato de que há atualmente, em todo o mundo, umagrande expectativa sobre a redução de emissões de gás carbônicoe que, por isso, “o projeto deverá facilitar a entrada dessasusinas em países desenvolvidos”.