Maria da Penha quer órgão que agilize punições dos crimes de violência contra a mulher

07/12/2009 - 22h47

Brasília - A criaçãode um órgão que garanta maior ação doMinistério Público nos casos de violência contraa mulher foi defendida hoje (7) pela biofarmacêutica Maria daPenha, que deu nome à lei que pune os crimes de violênciacontra a mulher. A Lei Maria da Penha,segundo ela, é para a defesa da mulher e não para todotipo de violência, como se quer aplicar em alguns casos, disse.Maria da Penhaparticipou da cerimônia de abertura do 1º EncontroNacional do Ministério Público dos Estados e doDistrito Federal para discutir a implementação eaplicação de maneira unificada em todo o país daLei Maria da Penha. Também estiverampresentes à cerimônia realizada no Salão Negro do Ministério da Justiça a ministra da SecretariaEspecial de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, e oministro da Justiça, Tarso Genro. Para o ministro TarsoGenro, a violência contra a mulher não é algoexclusivo dos países pobres. Ele citou a Espanha como exemplode país rico, em que a violência cresce a cada dia demaneira endêmica. O ministro defendeu acriação das unidades pacificadoras com o intuito dearticular melhor as políticas de prevenção. “Asações realizadas hoje são lentas, mascumulativas. A partir da criação do fórum vamosconsolidar uma nova cultura e uma nova política de combate àviolência”, afirmou.