Com poucos policiais à disposição, Justiça adia reintegração da Câmara Legislativa do DF

07/12/2009 - 19h02

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Por falta de efetivo policial, a retirada dos manifestantes que desde a última quarta-feira(9) ocupam a Câmara Legislativa do Distrito Federal não será realizada hoje (7). Segundo o oficial militar responsável pela operação, havia apenas12 policiais para mais de 60 pessoas reunidas no plenário da Casa.“Sãovários manifestantes lá dentro e nós precisamos de apoio policial parapoder realizar a reintegração de posse com segurança para todos”,afirmou a oficial de Justiça, Valéria Dias. Segundo Valéria, ajuíza responsável pelo caso, Junia de Souza Antunes, determinou que ela e o outro oficial queestavam à frente da reintegração de posse retornassem ao fórum edetalhassem toda a situação para que ela possa tomar as providênciasnecessárias. Valéria não soube responder se entre estas providênciasestaria uma última tentativa de negociar uma solução pacífica com osmanifestantes.De acordo com comandante do 3ºBatalhao de Polícia Militar, coronel Armon, somente esta tarde a polícia foi notificada oficialmente da liminar expedida na última sexta-feira."Semum documento oficial nós não tínhamos como dispor os meios necessáriospara acompanhar o oficial de Justica. Agora, com o adiamento, pedimosque o oficial de Justica compareça ao comando-geral e entregue odocumento para que, daí em diante, possamos fazer a operação", disse ooficial.Para o coronel, essa não é uma operação simples já queexige que todos os servidores deixem o prédio e que as ruas próximassejam evacuadas. "Hoje, definitivamente, nós não vamos fazer. Temos umefetivo pequeno diante do número de manifestantes e isso, talvez,acarretasse o uso desnecessário da força. Mas recebendo a documentaçãolegal, nós vamos ter que retirá-los"."Acredito que por serem jovens, muitos estudantes, temos que ter umpouco mais de cuidado ao fazer a operação, que será feita da melhormaneira possivel", disse o coronel, enquanto os manifestantescomemoravam a permanência no local aos gritos de "ocupa e resiste".