Movimento lança relatório que analisa corrupção no mundo

06/12/2009 - 0h45

Da Agência Brasil

Brasília - A Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci) lança quarta-feira (9) relatório inédito da Transparência Nacional que analisa a corrupção no mundo do ponto de vista do setor privado. Olançamento será durante o seminário Superando a Cultura da Corrupção, que ocorre até o dia 10 emBrasília. O encontro vai debater as ações que estão sendo desenvolvidaspela sociedade para o combate à corrupção e àimpunidade.Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional,o coordenador de Políticas Públicas do Instituto Ethos e da SecretariaExecutiva da Abracci, Caio Magri, ressaltou que é inadmissível um canditato com problemasna Justiça tomar posse se for eleito.“Um funcionário público, um servidor que é concursado, setiver um problema de condenação na Justiça não pode assumir o cargo. Como éque um governador, um deputado ou o próprio presidente da República eleito poderá tomar posse setiver um passivo de condenação? Isso éinadmissível”, disse. Para Magri, há um processocultural com a impunidade no Brasil. Segundo ele, as empresas envolvidas em casos decorrupção devem ser fechadas.“As empresas estão na outra ponta da corrupção, não há umato de corrupção sem um corruptor. E o corruptor está sempre na figura dasempresas. Portanto, as empresas precisam ser punidas de forma rigorosa,inclusive sendo fechadas. A CGU [Controladoria-Geral da União] tem hoje umalista das empresas inidôneas que não podem negociar com o governo, cerca de milempresas, e elas continuam abertas.”Caio Magri informou que durante o seminário será apresentada um museu virtual da corrupção, que mostrará casos de forma bem-humorada, às vezes trágica.