Escolas do Paraná aprovam novo Enem, mas terão dificuldade para adequar calendários

06/12/2009 - 14h00

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O presidente da Associação Brasileira de Reitores dasUniversidades Estaduais e Municipais (Abruem),  João Carlos Gomes,disse que as 48 filiadas ao sistema defendem o novo modelo do ExameNacional do Ensino Médio (Enem), mas nem todas poderão adequar seuscalendários para as matrículas e o início do período letivo.”Em diversasdiscussões sobre educação, todos concordam que esse é um modelo modernoe que se aproxima do que consideramos ideal para classificar os alunosque entram em nossas universidades”, disse o reitor. A Abruem requisitou ao Ministério da Educação o adiantamento dos resultados dasprovas objetivas do Enem para avaliar se  será possível aproveitar odesempenho dos concorrentes ao vestibular.  De acordo com Gomes, o MECestá realizando esforços para adiantar os resultados, mas dificilmenteconseguirá liberar antes do dia 20 de janeiro. JoãoCarlos Gomes, que também é reitor da Universidade Estadual de PontaGrossa (UEPG), explicou que para os 7,7 mil candidatos serem  beneficiadoscom o percentual de acertos no Enem, será necessário ter o resultado até 15 de janeiro. Osistema de aproveitamento do Enem utilizado na UEPG considera osresultados dos estudantes que acertaram mais de 40% da prova objetiva(desconsiderando a redação). A partir desse percentual, a instituiçãoaproveita a décima parte do resultado no Enem e acresce esse valor ànota de seu vestibular. O presidente da Comissão Permanente de Seleção(CPS), Antonio Carlos Schafranski  exemplifica: se um candidatoacertar 70% do Enem, ele terá um acréscimo de 7% na sua pontuação da UEPG.EmCuritiba, 58.996 alunos se inscreveram para o Enem. CristhyannaRegina, 24 anos, concorda que o formato atual do Enem  avalia muito bem o aluno.  “Ontem (5), eu e amigos comentávamos que é uma prova deresistência, exigiu muito raciocínio. Quem lê muito e está  atualizadocom os acontecimentos foi bem nas provas” .   Na avaliação dacandidata,  as provas têm valorizado muito expressões e questõesregionais e isso vai exigir uma  leitura cada vez mais apurada dosfatos. Para hoje, ela disse que está tranqüila e confiante de que se sairábem, principalmente na redação.Segundo a  assessoria do InstitutoNacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o clima é de tranqüilidade, até agora, emtodo o país.