Chilenos irão às urnas sem o fantasma de Pinochet

06/12/2009 - 13h55

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pela primeira vez nasúltimas duas décadas, as eleições no Chile ocorrerão sem apresença do ex-presidente e ditador Augusto Pinochet - morto emdezembro de 2003. Responsável por inspirar admiradoresincondicionais e críticos radicais, mesmo quando afastado dogoverno Pinochet atuou nos bastidores políticos do país.  Um dos mais temidos ditadores da América Latina,  Pinochetgovernou o Chile por 17 anos - de 1973 a 1990. O general comandou ogolpe militar que derrubou o governo do presidente socialista,Salvador Allende. Foi acusado de uma série de crimes, como odesaparecimento de mais de 3 mil pessoas durante a ditadura. Emdezembro de 2003, o militar morreu aos 91 anos em consequência deenfarto e edema pulmonar. A morte de Pinochet gerou protestosfavoráveis e contrários a ele. Integrantes das Forças Armadasprestaram as últimas honras. As vítimas do regime militarpromoveram um ato em homenagem a Allende em Santiago (capitalchilena).Recentemente o tenente Augusto Pinochet Molina, queé neto do ditador e conhecido como Pinochet III,  fez umdiscurso crítico ao governo de Michelet Bachellet. O oficial acabouexpulso da corporação por sua atitude, que foi interpretada comoinsubordinação.