Indústria automobilística deve fechar o ano com 10,3% de crescimento nas vendas

04/12/2009 - 17h30

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A indústria automobilística deve fechar o ano de 2009 com 3,110 milhões de veículos vendidos no mercado interno, 10,3% a mais do que em 2008, quando foram comercializadas 2,820 milhões de unidades. A produção deve ficar em torno de 3,216 milhões de veículos, igual ao de 2008 e as exportações devem ser de 470 mil unidades, 36% a menos do que em 2008, quando foram vendidas 735 mil unidades. As previsões foram divulgadas hoje (4) pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com esses números, o Brasil passa à posição de quinto maior mercado do mundo e sexto maior produtor. Segundo a Anfavea, 2010 deve ser o melhor ano da história para o setor com vendas de 3,400 milhões de automóveis no mercado interno, um aumento de 9,3% sobre este ano. A produção deve ser de 3,390 milhões de veículos, 5,4% a mais do que em 2009. E as exportações crescem 12,8%, chegando a 530 mil unidades e arrecadando US$ 9,2 bilhões, 12,2% mais do que no ano anterior.O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, disse que isso se deve à recuperação econômica do país, condições de crédito retornando aos patamares anteriores à crise, recuperação da massa salarial e aumento do nível de emprego. “Tudo isso leva a uma previsão de mercado mais otimista, maior. Com isso uma produção também maior”. Segundo o balanço mensal da entidade, no entanto, a venda de veículos caiu 14,5% no mês de novembro em comparação com outubro. Em novembro, foram comercializadas 251.698 unidades, contra 294.466 unidades em outubro. Na comparação com novembro de 2008, as vendas aumentaram 41,5%, quando foram comercializados 177.823 automóveis.No acumulado do ano, houve elevação de 8,5%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Até novembro de 2009, foram vendidas 2.848.214 veículos, enquanto de janeiro a novembro de 2008 foram comercializados 2.625.864 automóveis.Schneider disse que para saber os efeitos da volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao valor dos carros é preciso esperar até março, quando as taxas voltam a ser integrais. “As projeções que fizemos já consideram que esse benefício ocorra até março. Deve haver algum ajuste em abril, mas vamos ter que aguardar até lá para entender qual será o tamanho desse ajuste”. O presidente disse ainda que o valor dos impostos pagos pelo setor automotivo em 2009 foi o mesmo do ano passado. “Se for considerado o número de veículos vendidos e o que será feito a mais excetuando a diminuição da carga tributária do IPI, nós devemos praticamente empatar, porque pagamos mais Programa de Integração Social (PIS) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”.