Deputados vão recorrer à Justiça contra acusações de envolvimento no caso Arruda

03/12/2009 - 10h11

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputadoEduardo Cunha (PMDB-RJ) disse à Agência Brasil queentrará ainda hoje (3) na Justiça com processos contra oempresário de Brasília, Alcir Collaço, e oex-secretário de Relações Institucionais dogoverno do Distrito Federal, Durval Barbosa. Membro da cúpulado PMDB, o parlamentar é acusado pelo empresário e oex-secretário de receber propina do esquema de corrupçãosupostamente montado pelo governador José Roberto Arruda(DEM).Naconversa, de acordo com informações publicadas naimprensa, também receberiam dinheiro deste esquema o líderdo PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN); o presidente daCâmara, Michel Temer; e o deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF).“Hojeainda adotarei as medidas judiciais cabíveis contra essaspessoas”, disse Cunha. Ele acrescentou que não conheceDurval Barbosa nem Alcir Collaço e qualificou de“estapafúrdias” as citações de seu nome. Odeputado afirmou que estuda com sua assessoria jurídica asações cabíveis neste caso.O deputadoMichel Temer, por sua vez, também deve acionar judicialmente oempresário Alcir Collaço responsável pelasdeclarações. Ontem (2), em nota à imprensa, opresidente da Câmara qualificou de “irresponsável edescabida” a citação de seu nome na conversa entreCollaço e Barbosa. No texto, ele ainda negou o recebimento de propina recebida suposta da Construtora Camargo Correia. A empresa foi investigada pela Polícia Federal no Operação Castelo de Areia. O líderpeemedebista Henrique Eduardo Alves viajou ontem à noite paraa Europa com a família. De acordo com sua assessoria, a viagemestava agendada há três semanas e ele deve ingressar com uma queixa crime contra Collaço. O deputado TadeuFilippelli negou as acusações e disse que divulgaráhoje, pela manhã, uma nota à imprensa sobre o assunto.