Amazonas intensifica combate a queimadas

03/12/2009 - 14h45

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O governo do Amazonas pretende intensificar o combate aodesmatamento no estado, durante os próximos dois meses, com ajuda deequipes que, desde setembro,compõem a força-tarefa de inteligência criada para contenção dos crimesambientais. Ainda hoje (3), dirigentes da secretaria de governo, dasecretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS),prefeitos dos 21 municípios que mais registram focos de incêndios emáreas de floresta, além de representantes das mais de 20 instituiçõesque formam a força-tarefa, vão se reunir em Manaus paraacertar os detalhes da ação.“Esse plano já está sendorealizado, mas a partir de agora será intensificado com focosprincipais que são o controle, a fiscalização e a ação educativa”,esclareceu a secretária de meio ambiente, Nádia Ferreira.Oplano vai contemplar a realização de treinamentos para as brigadasde incêndio e o apoio logístico e de infraestrutura aos municípiosmais afetados pelo desmatamento. A decisão é impulsionada pelanecessidade de bloquear os problemas que Manaus e 12 municípiosamazonenses, entre eles, Autazes, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão,Itacoatiara, Careiro da Várzea e Presidente Figueiredo, vêm registrandonos últimos meses como consequência dos incêndios florestais. Desde a segunda quinzena de julho, a região registra altas temperaturas e ausência de chuvas. Nesse cenário, as queimadas ganharam grandesproporções e provocam, há meses, a formação de névoa seca, sobretudo nocéu da capital amazonense. A fumaça e seu cheiro são evidentespraticamente todos os dias, especialmente nas primeiras horas da manhã.A população reclama da situação e de doenças como problemas alérgicos erespiratórios. Uma das principais preocupações da força-tarefa é que ascondições climáticas não favorecem a dispersão da fumaçadas queimadas que fica concentrada em cima das cidades.“Os culpados serão penalizados commultas, mas queremos atacar a causa das queimadas e impedir que elasaconteçam porque o fogo destrói um patrimônio que não tem como serrecuperado, mesmo com o reflorestamento”, acrescentou.Aindasegundo a secretária Nádia Ferreira, os focos de queimadas estãoconcentrados em pequenas estradas e nas proximidades com as rodovias.Ela ressalta que o fogo é feito por pessoas com intenções distintas evariadas. A queimada proposital é crime e prevê pena de três anos dereclusão e multa.“Tem o fogo do agricultor, do pecuarista e deramais sendo abertos para que madeira ilegal seja transportada. Mas temtambém a falta de incremento em ciência e tecnologia para melhorar aatividade pecuária no estado”, avaliou.