Debate sobre suposto esquema de propina no DF polarizará eleições de 2010, diz Padilha

02/12/2009 - 14h34

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Relações Institucionais, AlexandrePadilha, disse hoje (2) que o suposto esquema de propina no governo doDistrito Federal, descoberto pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, poderá contribuir para polarizar as eleições do ano que vem. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, acusado de liderar o esquema, foi o único eleito pelo DEM em 2006. Segundo Padilha, com isso, o debate nas eleições do próximo ano ficará ainda mais centrado em quais são os dois projetos para o país. "[O caso] reforçaa ideia de polarização na disputa eleitoral entre o que é o governo dopresidente Lula, a continuidade desse governo, os instrumentos decombate à corrupção e a comparação com governos anteriores”, afirmou o ministro. De acordo com Padilha, o governo federal acredita que as instituições responsáveispelas investigações do suposto esquema de propina irão “identificar oque aconteceu e punir os culpados”. Perguntado se a afirmação do presidente Luiz Inácio Lula daSilva, de que as “imagens não falam por si”, não poderiacontribuir para a impunidade, Padilha respondeu que não e disse que o trabalho do governo federal no combate à corrupção demonstra ocomprometimento de sempre investigar e punir os culpados. “A fala do presidente [ontem (1º), no Estoril, em Portugal] é que qualquer reação que as pessoas possam ter emrelação às imagens não deve paralisar aquele que é o trabalho maisadequado de apuração, que é da Polícia Federal, das instituições”,explicou Padilha. Padilha acredita que as denúncias envolvendo Arruda,secretários do governo e deputados distritais nãoprejudicará a execução de obras como as da Copa do Mundo de 2014, que teráBrasília como uma das cidades-sede dos jogos. “O Brasil já temmaturidade suficiente para que a apuração e o combate à corrupção nãoatrapalhe e interfira na execução das obras.”.