Denúncias contra Arruda desencadeiam crise entre DEM e PSDB

01/12/2009 - 20h54

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Asdenúncias contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda(DEM), que segundo inquérito da Polícia Federal seria o chefe de umesquema de pagamento de mesada a deputados distritais e assessores,podem ter abalado a relação entre DEM e PSDB, os dois principais partidos de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Natarde de hoje (1°), após reunião da direção nacional do PSDB, opresidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE), classificou as acusaçõescontra Arruda de gravíssimas e determinou o desligamento de todos ostucanos do governo do democrata.Um pouco mais tarde, opresidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que se crises comoa enfrentada atualmente pelo DEM fossem motivos para impedircandidaturas, o PSDB não poderia lançar candidato à Presidência daRepública no ano que vem.Questionado se o escândalo envolvendoArruda poderia prejudicar a aliança entre tucanos e democratas, Maia tentou minimizar eventuais desgastes. No entanto, comparou a criseno DF com a vivida pela governadora Yeda Crusius (PSDB) no Rio Grandedo Sul.Para Maia, falar em sucessão presidencial neste momentoé “misturar assuntos”. “Não sei quem entrou nessa tese da discussão dechapa presidencial. Da mesma forma que a direção nacional do Democratasfoi solidária com a crise que passa até hoje o PSDB no Rio Grande doSul, não entendo porque alguns tentam misturar temas”, disse opresidente do DEM.“Vamos julgar o governador Arruda nesseplenário, nessa executiva e não estamos tratando, nesse momento deeleição, até porque, se crises como essa fossem impeditivos de algumacoisa, talvez, o PSDB, se fosse o caso, não poderia ter candidato próprio para presidente. Crises, infelizmente, acontecem”, argumentou Maia.