Ações de conscientização marcam o Dia Mundial de Luta contra a aids no Rio

01/12/2009 - 13h51

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Diversas ações de conscientização marcaram hoje (1º) o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no Rio de Janeiro.NaCentral do Brasil e na estação ferroviária de Duque de Caxias, naBaixada Fluminense, uma tenda foi montada para dar orientação sobredoenças sexualmente transmissíveis, prevenção e higiene, comdistribuição de preservativos e folhetos educativos. A iniciativa éfruto da parceria entre a Supervia, concessionária dos trens urbanos doRio, o Serviços Social do Comércio (Sesc-Rio) e a prefeitura de Duquede Caxias. Em Itaboraí, durante todo o dia, agentes de saúde vão darinformações à população sobre a doença e distribuir preservativos efolhetos informativos, com direito a oficinas de circo e música.  Em Niterói, o Instituto Vital Brazil (IVB) promove a campanha "Fique Sabendo". De hoje até sexta-feira (4), 1,5 mil pessoas poderão fazer testes de aids gratuitamente em 12 postos de saúde da cidade. Durantetoda a manhã, na estação do metrô Carioca, no Centro, representantes daAssociação Brasileira de Bancos de Sangue, entregaram folhetos ealertaram a população sobre a importância da utilização do teste NAT(Teste de Ácido Nucléico), hoje o teste mais eficaz na triagem dasbolsas de sangue.O diretor do Banco de Sangue da Santa Casa, João Carlos Tyle, lamentou que em todo o país apenas 5% dostestes de HIV sejam realizados com o NAT, já que o sistema públicoainda utiliza o teste tradicional, o Elisa, e a maioria dos planos desaúde não cobre o teste mais avançado. “Na Europa, o NATé obrigatório desde 1998. Enquanto o Elisa leva até 22 dias paradetectar o vírus da Aids (HIV) e cerca de 70 dias o da Hepatite C(HCV), o NAT permite que se detecte o vírus da aids em torno de dezdias, o que significaria mais de 50% a menos de risco, e 20 dias para aHepatite C, com redução de risco de quase 72%.”OMinistério da Saúde ainda não adotou o teste NAT nos hemocentrospúblicos devido ao alto custo do procedimento que, assim como o Elisa, éimportado. Desde 2004, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estádesenvolvendo um Kit NAT com tecnologia brasileira que será testado em2010 pelo Instituto Estadual de Hematologia Arthur de SiqueiraCavalcanti, o Hemorio. Estudos da Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa) apontam que o novo teste evitaria 355novas contaminações de Aids e Hepatite C por ano no Brasil, caso fosse adotado para a triagem de todo o sangue coletado no país.