OCDE pede a governos latino-americanos esforços para reduzir a pobreza

30/11/2009 - 15h41

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osecretário-geral da Organização para Cooperação eDesenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, afirmou hoje (30)que a América Latina dá sinais de recuperação e estabilizaçãoeconômica. Mas necessita intensificar as políticas para a reduçãode pobreza e das desigualdades sociais, além de melhorar as áreasde educação e infraestrutura. Para o órgão, as medidas devem seradotadas o mais rápido possível, mas com efeitos a longo prazo.As recomendações àAmérica Latina foram transmitidas hoje (30), por meio de notaoficial da OCDE, em Portugal.“Os governos têm queativar os planos de recuperação para fortalecer os programas deredução de pobreza, mas também enfrentar os desafios de longoprazo nas áreas como educação, inovação, governançacorporativa, infraestrutura, energia renovável e estado de direito.A América Latina precisa de políticas com impacto a curto prazo euma visão a longo prazo”, disse Gurría, no documento.Para OCDE, éfundamental ainda elaborar ações que facilitem a migração legal,adotando medidas que protejam a emissão de divisas, assimimplementando alternativas para o mercado de trabalho. Segundo oórgão, é necessário estender os serviços de proteção socialpara os migrantes latino-americanos.De acordo com dados daOCDE, apenas 15% dos imigrantes latino-americanos são protegidos poracordos de seguridade social entre os países de origem e de destino.No documentoencaminhado aos governos latino-americanos, há ainda recomendaçõespara estimular e acelerar o desenvolvimento econômico. Segundo aOCDE, é necessário aperfeiçoar as agências de classificação,principalmente nos países da América Central e no Caribe.A OCDE recomenda que ospaíses da América Central e Caribe sigam o exemplo do México edesenvolvam iniciativas para que os migrantes façam suas remessaspor meio de canais oficiais e a custos menores.Criada na década de60, a OCDE é uma organização internacional que reúne 30países-membros que defendem os princípios da democracia e do livrecomércio. A sede do organismo fica em Paris (França).