BNDES pode financiar projetos da Fundação Oswaldo Cruz

30/11/2009 - 18h00

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Fundação Oswaldo Cruz quer contar com mais recursos do Banco Nacionalde Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) para desenvolverpesquisas em saúde. Hoje (30), a instituição firmou um acordo com obanco para discutir perspectivas de investimentos e formas de ajudar nodesenvolvimento de empresas que trabalhem com o setor no país. Nospróximos cinco anos, a FioCruz  quer arrecadar cerca de R$ 1 bilhãopara a produção de vacinas contra dengue e malária, além de concluir ainstalação de pólos tecnológicos em Minas Gerais e no Ceará, porexemplo. Atualmente, por conta do modelo jurídico, a fundaçãoenfrenta restrições para captar dinheiro da iniciativa privada e doBNDES.“Queremos ver a possibilidade de fechar parcerias cominstituições da área pública ou privada para alavancar empréstimos quenão sejam só os não reembolsáveis”, explicou o presidente da Fiocruz,Paulo Gadelha. Segundo ele, a instituição já está discutindo mudançasem seu modelo jurídico para poder buscar novas formas de financiamento.Pormeio da parceria com o BNDES, a FioCruz também vai auxiliar nadefinição de critérios para o desembolso de recursos para empresas naárea de saúde. A ideia é que com sua experiência, a Fiocruz ajude obanco a escolher projetos de acordo com a necessidades do país. “Doponto de vista de apoio ao sistema empresarial, temos todo ointeresse”, disse o presidente do banco, Luciano Coutinho.Elelembrou que por meio do Fundo Tecnológico (Funtec), o BNDES já aprovouR$ 30,4 milhões para a fundação. "A partir do acordo, no futuro, épossível imaginar mais aportes do fundo e também no desenvolvimento decadeias produtivas de empresas fabricantes de vacina, medicamentos eequipamentos”, acrescentou.O ministro da Saúde, José GomesTemporão, que participou do evento, disse que “mais investimentos nocomplexo industrial da saúde tiram o país da vulnerabilidade setorial eampliam a capacidade de o Brasil dar resposta mais rápidas aos grandesproblemas de saúde pública”.