Amazônia produz e divulga produtos agrícolas em feira

28/11/2009 - 15h28

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Contrariando o dito popular de que o soloda Amazônia é pobre e não favorece a agricultura, a região começaa mostrar provas de que é capaz de produzir alimentos de qualidade inclusive com produção orgânica. Frutas como o morango, verduras como brócolis,couve-flor e alface do tipo americano estão sendo cultivados em Pacaraima (RR) ecomercializados por preços abaixo do mercado.

A agricultora Marelize Macuglia contou à Agência Brasil quehá nove anos administra uma cooperativa de produtos orgânicos cuja demandavem aumentando. Atualmente, disse ela, a produção é feita em  8 hectares deterras, produzida por 50 pessoas, entre as irmãs, o esposo e cunhados. Juntos, produzem 6 toneladas por semana de produtos orgânicos e 42 tipos defrutas.

 “Nossa produção não atende à toda a demanda querecebemos. Vendemos o quilo do chuchu por R$ 2,00, enquanto em algunssupermercados chega a custar até R$ 5,00. Já estamos pensando em ampliar aprodução”.

Experiências e produtos como os de Roraima estão sendoexibidos em Manaus no estande de orgânicos da FeiraInternacional da Amazônia (Fiam). O evento está em sua quinta edição e exige itens como bombons e biscoitos feitos com tucumã. A feira teve início na última quarta (26) e vai até domingo(29). Segundo o coordenador dafeira, Jorge Vasques, 390 expositores participam da edição deste ano.

“A feira é multisetorial, apresenta produtosdiferenciados, fetos desde microempresas até as maiores empresas do PoloIndustrial de Manaus. Lançamentos de produtos, novas tecnologias, palestras eestandes de todos os estados e países amazônicos estão reunidos nessa grandevitrine que é a Fiam”.

De acordo com balanço apresentado na sexta-feira(27) pela superintendente da Zona Franca de Manaus(Suframa), Flávia Grosso, a feira gerou US$ 11,5 milhões em negóciosconcretizados, 15% a mais em relação à edição anterior. No turismo, os negócios devem terum aumento de 20%. O número de visitantes estimado é de 100 mil pessoas.  O evento é promovido a cada dois anos peloMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para estimular osetor industrial da Amazônia.