PF investiga suposta distribuição de recursos ilegais à base do governo do Distrito Federal

27/11/2009 - 17h27

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Operação Caixade Pandora da Polícia Federal (PF) foi realizada nas primeiras horas de hoje (27) com a intenção de coletar provas sobre a supostadistribuição de recursos ilegais à base aliada do governo do Distrito Federal.A autorização da operação de busca e apreensão em residências,locais de trabalho e sedes de empresas de 16 pessoas físicas e jurídicas foiautorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a partir de um inquéritopolicial que apura a possível participação de autoridades no esquema. Em nota divulgada há pouco, o STJ diz que as investigaçõessobre o repasse dos recursos obtidos de forma ilícita foram “reforçadas peladelação de um ex-secretário de estado do Distrito Federal”. O ex-secretário –cujo nome não é revelado na nota – teria aceitado que equipamentos de escutafossem colocados em suas roupas para que ele pudesse gravar negociaçõescom outros participantes do esquema. Como o inquérito corre em segredo de Justiça, os nomes dosenvolvidos não foram divulgados, mas o STJ garante que o ex-secretário foicolocado no programa de proteção de testemunhas da Polícia Federal. Ainda de acordo com a nota, para manter o sigilo da operaçãoaté que ela fosse deflagrada, o ministro Fernando Gonçalves, relator doprocesso,  tomou o cuidado de proibir que qualquer informação fosserepassada à imprensa. Além disso, Gonçalves também impediu que os policiaisenvolvidos nas operações de busca e apreensão se vestissem de forma a chamar aatenção ou usassem armamentos pesados.Conforme a Agência Brasil apurou, a operação policial iniciou-se antes das 6 horasda manhã de hoje e envolveu pelo menos três deputados distritais, um secretáriode governo e um conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal.Ainda de acordo com o STJ, os documentos e equipamentos foramapreendidos para descobrir provas e indícios de eventual vínculoentre os investigados. Toda a operação foi acompanhada por procuradores doMinistério Público Federal e ocorreu simultaneamente em 24 locais diferentes, sendo 21 no Distrito Federal, um emGoiânia e dois em Belo Horizonte.