Países amazônicos vão cobrar redução de emissões e recursos financeiros dos ricos em Copenhague

26/11/2009 - 22h03

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Os países amazônicos decidiram hoje (26), em Manaus, que irão cobrar dos países desenvolvidos a redução das emissões de gases de efeito estufa durante a Conferência das Partes – COP-15 – em dezembro, na Dinamarca. Também acertaram que irão pedir a aplicação de recursos financeiros internacionais dospaíses ricos em ações de combate ao aquecimento do planeta.

As deliberações foram tomadas durante o encontro dasautoridades que ocorreu na Cúpula dos Países Amazônicos e foram estabelecidas pelos presidentes doBrasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da França, Nicolas Sarkozy – representando aGuiana Francesa – e da Guiana, Bharrat Jagdeo, e pelos ministros da Venezuela,Bolívia, do Peru, Equador e Suriname.

“Chegaremos à Copenhague com aconvicção de que estamos fazendo, possivelmente, a mais importante articulaçãojá feita para discutir a questão do clima que já aconteceu na história”,afirmou o presidente Lula.

De acordo com o presidente brasileiro,a Declaração de Manaus – documento que formaliza a posição dos países amazônicose da França – propõe que todos os países desenvolvidos adotem compromissosquantificados, apropriados às suas condições nacionais, válidos para o conjuntoda economia, para reduzir dos gases de efeito estufa. A base dessa redução éa recomendação de 40% apontada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança doClima – IPCC, sendo compatível com a necessidade de proteger o sistemaclimático.

Sarkozy disse que em Copenhague deverá ser estabelecido de quanto serão essas ações compensatórias e de onde virá o financiamento. Eledefendeu a ideia de criação de um fundo de ajuda para os países pobres e emdesenvolvimento.

“É preciso encontrar as vantagenspara cada país e evitar que alguém se sinta enganado. Não é uma volta aocolonialismo para administrar a floresta no lugar dos países da Amazônia, é ummovimento mundial  para levar em consideração a importância da situação. Essa é arazão da minha presença aqui”, disse o líder francês.