Motoboys poderão comprar motos financiadas em até 48 vezes

27/11/2009 - 18h11

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A partir da próximasegunda-feira (30), os motoboys que exercem regulamente a profissãono transporte de mercadorias e documentos poderão contar com umalinha de crédito na Caixa Econômica Federal com juros mais baixos eprazos de pagamento de até 48 meses. O anúncio foi feito peloministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.Os interessados poderão financiar até 80% dovalor de motonetas e motocicletas novas de até 150 cilindradas defabricação nacional, escolhendo entre dois tipos de linha decrédito no limite de R$ 8 mil. Em um, o total de parcelas será de36 meses e os juros, baseados na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)mais 12% ao ano. Na segunda opção – de 37 a 48 meses – incidirásobre o valor do veículo a TJLP, mais 18% ao ano. Os veículos deverão ter itens de segurançaregulamentados pelo Código de Trânsito Brasileiro, como freios adisco, pisca-alerta, protetor de pernas, aparador de linha (antenacorta-pipas), baú com reflexivo, vacina contra roubo, colete ecapacete. Além disso, será obrigatória a contratação do segurodo bem. O vice-presidente de Pessoa Física da Caixa,Fábio Lenza, informou que os empréstimos serão operacionalizadosaté julho do ano que vem, totalizando R$ 100 milhões, recursosprovenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT ). Segundo ele, o benefício será restrito aostrabalhadores devidamente regulamentados, ou seja, autônomosinscritos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) eprofissionais com vínculo empregatício com código CBO nº 5191-10,que define o uso da motocicleta para transporte de documentos epequenos valores.De acordo com dados da Caixa, em todo o país,existem cerca de 251 mil profissionais empregados que têm essecertificado, dos quais 90 mil no estado de São Paulo e 60 mil naGrande São Paulo, onde estão 23,9% da categoria de todo o país. “A linha de financiamento atende todas asreivindicações das leis federal e do município onde a moto só vaisair para os meninos que já estão padronizados e têm umaqualificação voltada para a regulamentação”, disse o presidente do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas eMototaxistas do Estado de São Paulo, Gilberto Almeida dos Santos.Israel Silveira Lima, de 25 anos, que trabalha háseis anos, com carteira assinada, como motoboy, disse que vai venderlogo sua moto e comprar uma nova. Segundo ele, pelo sistematradicional do mercado, o motoboy tinha que arcar com custos definanciamento que praticamente dobrariam o preço do veículo. “Para nós que trabalhamos como motoboys vai serbom, porque hoje a gente paga quase uma outra moto, levando apenasuma “, afirmou.