Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou oprazo de carência nas linhas de crédito que financiam a aquisição dealguns tipos de bens de capital (usados na produção). Para bens deciclo muito longo, o prazo, que era de três meses a dois anos, passoude três meses a três anos.Com a medida, os produtores queadquirem bens de capital por meio de financiamento do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderão começar a pagar oempréstimo somente depois de 36 meses. O benefício, no entanto, só valepara operações acima de R$ 100 milhões.A ampliação do prazovalerá apenas para bens de capital e embarcações de apoio compradaspelos seguintes setores: portuário, petróleo e gás, energia elétrica etransporte metroviário, ferroviário e marítimo.Deacordo com o chefe da Assessoria Econômica do Tesouro Nacional,Jeferson Bittencourt, a medida beneficiará setores cujo processo deprodução é bastante extenso. “Se não estendêssemos prazo de carência,os empresários poderiam começar a fazer pagamento antes de receberem”,explicou.As demais condições da linha de financiamento especialdo BNDES não foram alteradas. O prazo para pedir os financiamentoscontinua até 31 de dezembro. A taxa, para os setores beneficiados, foi mantida em 4,5% ao ano. Outros setores produtivos contam com taxas diferenciadas.SegundoBittencourt, o BNDES destinou R$ 44 bilhões em linhas especiais para aaquisição de bens de capital. Desse total, R$ 12 bilhões estãoreservados aos setores que tiveram o prazo de carência ampliado.