Serviço público não é “trincheira isolada”, diz secretário executivo do Planejamento

25/11/2009 - 13h45

Eduardo Mamcasz
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Salvador - Osecretário executivo do Ministério do Planejamento,Francisco Gaetani, ao abrir hoje (25) o 2º Congresso Brasileirode Controle Público, que discute a nova lei de organizaçãoda administração pública, disse que “amodernização do Estado é uma obra inacabada e éela que vai destravancar o Brasil”.“Osegundo ponto a lembrar é a qualidade do gasto e da eficiênciado trabalho público”, disse o secretário executivo,lamentando que em períodos de crescimento da economia, estedado costuma não ser levado na devida conta.O controlepúblico, de acordo com Francisco Gaetani, deve ser feitolevando em contra outros aspectos da administração,porque, segundo ele, “o serviço público não éuma trincheira isolada da sociedade”. Outras dificuldades indicadaspelo secretário executivo do Ministério do Planejamentoe que atrapalham a modernização são “asestruturas obsoletas” que ainda persistem. Ele disse que o trabalhoestá começando pelas questões financeira e legaldo Estado.O subchefede Análise e Acompanhamento de Politicas Governamentais daCasa Civil da Presidência da República, Luiz Alberto dosSantos, também defendeu uma total modernizaçãoda administração pública, principalmente no combate àcorrupção. “Infelizmente, A corrupção éum fato que está no nosso dia a dia", disse. “Estamosprejudicados no índice de corrupção medidointernacionalmente mas precisamos analisar se isto significa acorrupção em si ou o controle que já começaa se manifestar”, completou ao questionar a atuação do Tribunalde Contas da União, que, muitas vezes, extrapola o preceito fiscalizatório.O 2ºCongresso Brasileiro de Controle Público discute de hoje (25)a sexta-feira (27), na capital baiana, o anteprojeto de lei da novaadministração pública – federal, estadual emunicipal – que foi trabalhado, nos últimos 18 meses, por umgrupo de juristas.Oanteprojeto prevê reformas no conjunto de controle, interno eexterno, no sentido de unificar a legislação, paraevitar atos de corrupção e acompanhar a eficiênciado setor e a aplicação mais adequada dos recursospúblicos.