Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 13,5% em outubro. Em setembro, a taxa havia sido de 14,1%, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgadas hoje (25), na capital paulista. No mês de outubro, o número de desempregados chegou a 1,398 milhões de pessoas, 84 mil a menos do que em setembro. Foram criadas 162 mil novas vagas, enquanto 78 mil pessoas entraram no mercado de trabalho. A região foi responsável por 72% de todas as vagas criadas nas seis regiões analisadas pela PED - Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, São Paulo e Distrito Federal.Segundo a PED, o nível de ocupação cresceu 1,8% em outubro, com 9,194 milhões de ocupados. Os setores que mais ofereceram empregos foram a indústria, com 37 mil novas vagas (crescimento de 2,4%); serviços, com 80 mil novas ocupações (1,6%); e o agregado chamado de outros setores, que inclui a construção civil, serviços domésticos, dentre outros, que colaborou com a criação de 20 mil vagas (1,9%). De acordo com o coordenador da pesquisa, Alexandre Loloian, da Fundação Seade, os números de outubro surpreenderam. Ele disse que o aumento da ocupação foi o melhor dos cinco anos em que a pesquisa vem sendo realizada. “Normalmente, em outubro, aumenta a ocupação por conta das empresas se preparando para final do ano, mas o crescimento da indústria puxou mais esse nível de ocupação, além do que normalmente nós assistimos”, observou.Na avaliação de Loloian, é difícil prever se os bons resultados do mês passado serão repetidos nos dois últimos meses do ano. Para o coordenador da PED, a indústria voltada para o mercado interno deve continuar crescendo, mas a indústria de exportação ainda gera dúvidas. “Isso porque o câmbio tem sido um entrave para esse crescimento. Se vai continuar e reproduzir esse dado de outubro, é impossível dizer, mas, provavelmente, a ocupação como um todo tende a crescer mais, chegando a níveis de ocupação superiores aos do ano passado”.