“Ainda é preciso interiorizar a lei”, afirma Maria da Penha

25/11/2009 - 19h54

Da Agência Brasil

Brasília - Comtrês anos de existência, a Lei Maria de Penha trouxe um amparo àsmulheres vítimas de agressão física, além de protegê-las em possíveisretaliações do agressor. Mas para a biofarmacêuticaMaria da Penha, que deu nome à lei que pune a violência contra a mulher, o problema ainda está na aplicabilidade da norma em municípios menores do país. “Ainda é preciso interiorizar a lei, poismunicípios menores não têm políticas assistenciais às mulheres quesofrem agressão ou não têm mecanismos eficazes para aplicar punições.”Ela acredita que a resistência machista é outro ponto queimpede a lei de atingir com mais intensidade a população. Hoje(25), ela participa, no Rio de Janeiro, do 1º Fórum de Juízes de Violência Domésticae Familiar contra a Mulher (Fonavid) que tem por objetivo divulgar experiências e expor dificuldades enfrentadas nos atendimentos nosfóruns, além de buscar alternativas para vencer os tabus no enfrentamento à violência contra a mulher.A Campanha Laço Branco faz parte de umadas ações com intuito desensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim daviolência contra a mulher. Lançada oficialmente em 2001, a campanha distribui panfletos e organiza encontros ligados amovimentos feministas que pregam a equidade dos gêneros.Paracolaborar com as manifestações ligadas ao Dia Internacional do Combate àViolência Contra a Mulher, a Campanha Laço Branco realiza amanhã (26), às8h, no Mercado de São José, em Recife uma passeata. A ação éuma iniciativa do Instituto Papai, do Grupo de Pesquisa em Gênero eMasculinidades da Universidade Federal de Pernambuco (Gema/UFPE) e da Rede de Homens pela Equidade deGênero (RHEG).A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres(SPM) tem realizado uma série de encontros por todo o país para discutir questões de gêneros e trabalhar ações de combate à violência contra amulher. A Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) faz parte de uma dasmedidas implantadas pelo governo federal que facilita o canal dedenúncias, principalmente nos locais em que não há um atendimentoespecializado.