Indicado para diretoria do BC quer manutenção de condições para crescimento sustentável

24/11/2009 - 0h15

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor indicado dePolítica Monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, defendeuhoje (24), ao ser sabatinado no Senado Federal, a manutenção deprecondições necessárias para o crescimento sustentável do país,como a busca intransigente da estabilidade de preços, considerada umadas maiores conquistadas da sociedade brasileira nos últimos 15anos.Para Mendes, aestabilidade é um bem público por excelência e seu valor deve serpreservado como condição absolutamente necessária para ocrescimento sustentável da economia brasileira. Ele defendeu ainda apolítica monetária como instrumento para estabelecimento da meta deinflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de4,5% ao ano para o biênio 2009-2010.Mendes ressaltou,porém, que para isso é importante que o BC disponha de autonomia,como já ocorre com boa parte dos bancos centrais no mundo.“No caso brasileiro,é importante dispor de autonomia operacional de fato para calibrarcom eficiência os instrumentos de política monetária, com base em critérios estritamente técnicos”.Aldo Luiz Mendes sedisse favorável à continuidade da atual política de crédito pararegular o acesso da população e a oferta dos financiamentos, quealém de favorecer a competição do mercado assegura a ofertaadequada de recursos para o crescimento econômico.Outro ponto que ele defendeu foi a política cambial, por visar ao aperfeiçoamentopermanente do regime flutuante (sem parâmetro fixo). “Regime adotado pelasautoridades brasileiras e que tem se mostrado adquado para a nossarealidade”.Aldo Luiz Mendes foi indicado para a vaga deixada por Mário Torós,que estava no cargo há dois anos. Torós deixou o cargo depois daveiculação de uma entrevista dada ao jornal Valor Econômico naúltima sexta-feira (13).Na entrevista, elerelatou os bastidores do governo na crise e contou detalhes sobre asdificuldades enfrentadas por determinadas instituições financeiras.Aldo Mendes já foi vice-presidente do Banco do Brasil.